"Todas as nossas músicas e orações sagradas aqui dentro de nossas quatro montanhas sagradas. Os ensinamentos de nossos antepassados estão aqui em nossas músicas e orações. Estas canções e orações fazem parte da cerimônia, eles são o nosso ensino e nosso modo de vida. Esta é a nossa religião. Isto é o que nos liga à terra. Aqui, nós sempre fizemos a nossa oferta para os seres espirituais. Aqui somos conhecidos pelos seres espirituais. Se formos transferidos para as novas terras, nós não seria conhecida, não podíamos fazer nossas cerimônias. Esta é a nossa religião, nosso modo de vida. Se você cortar o coração de uma pessoa e levá-la, a pessoa morreria. Nosso Criador nos colocou aqui na terra, nós somos parte da Terra Heart Mother. Se nos levar para outra terra, não iremos sobreviver. 'Mae Tso, ancião Navajo"
Existe um costume muito enraizado na cultura das pessoas em geral. Quando não gostamos ou não concordamos com o comportamento de uma outra pessoa, tecemos a nossa infalível crítica que, mesmo não sendo expressada verbalmente, apenas no pensamento, já tem uma energia e direção.
Não estou dizendo que os comportamentos inferiores das pessoas à nossa volta deve ser simplesmente ignorado, tampouco dizendo que esses aspectos não sejam perturbadores. O que quero expor aqui é o fato de que mesmo que a pessoa não esteja agindo de forma adequada, que seu comportamento seja negativo, nunca devemos tecer comentários igualmente críticos ou negativos, já que isso irá reforçar esse padrão de comportamento. É óbvio e natural que haja uma reação, mesmo que silenciosa em nossas mentes. Quando somos insultados, afrontados, ofendidos, magoados, etc, é disparada internamente uma resposta para aquele fato. É isso que temos de aprender a controlar!
Quando alguém nos faz algo de ruim, alguma coisa realmente imprópria ou inferior, é por que essa pessoa, mesmo que momentaneamente, está numa vibração baixa que a faz pensar, sentir e produzir essas inferioridades. Quando impiedosamente manifestamos verbalmente ou mentalmente a nossa crítica para aquela pessoa, estamos projetando nela mais energia negativa e, por conseqüência, reforçando ainda mais essa vibração baixa.
E vamos falar honestamente, é muito difícil para qualquer pessoa nessas condições conseguir segurar os comentários ou reações naturais pertinentes. Só que o resultado desse processo natural é que não conseguimos ajudar a quem precisa evoluir, e pessoas que produzem constantemente inferioridades são as que mais precisam crescer espiritualmente. Conseqüentemente, a pessoa recebe essa vibração inconscientemente e vai se mantendo cada vez mais nessas vibrações densas que tanto geram problemas.
Trazendo isso para a prática, se você não concorda com o comportamento da sua cunhada, não manifeste sua crítica, não comente e nem verbalize. Se você não suporta a arrogância do seu chefe, por favor, não perca seu tempo em criticá-lo, isso vai fortificá-lo ainda mais nessa arrogância. Se você não agüenta mais a sua sogra, está cansado do seu marido ou esposa, não tem mais paciência com seus filhos. Pelo amor de Deus, não os critique, não reclame pelos comportamentos que você não gosta, isso só vai reforçar ainda mais esses aspectos negativos. É claro que ninguém gosta desse tipo de coisa, mas projetar a sua crítica, mentalmente ou verbalmente mesmo, vai realimentar esse ciclo negativo, que tende a ficar cada vez pior. Com o tempo, quando os comentários, críticas ou reclamações continuam a acontecer, um campo energético consistente nessa vibração característica vai sendo criado. Esse campo energético vai gerando uma rede de impulsos vibratórios na freqüência das inferioridades e isso ancora comportamentos negativos no indivíduo que recebe a crítica. Essa energia concentrada dificulta muito a evolução da pessoa, mesmo que ela um dia se dê conta que precisa melhorar e se redimir de seu comportamento inadequado, ela vai sentir uma dificuldade muito grande. Isso porque essa energia criada pelas críticas vai dificultar muito o processo e raramente a pessoa vai evoluir e melhorar e purificar seus aspectos inferiores da personalidade.
A vantagem desse processo é que o mesmo mecanismo, no entanto com intenção oposta pode ser um instrumento poderoso de ajuda para quem precisa evoluir, mesmo que não tenha por si só compreendido isso.
Quando sentimos algo ruim provocado pelo comportamento inferior de qualquer pessoa, seja ela alguém muito próxima na sua convivência ou alguém bem distante, a reação necessária para ajudar essas ocorrências não se repetirem é bem simples.
É preciso aprender a controlar os impulsos das emoções, controlar a impulsividade, respirar fundo( a respiração é um recurso importantíssimo) e buscar dentro da pessoa que seria alvo da sua crítica, a presença do seu EU Superior, da divindade dentro dela, que por medos e armadilhas do ego, se distanciou da sua verdadeira essência. É preciso encontrar na pessoa o entendimento de que ela é alguém que mesmo sem ter consciência precisa muito de ajuda. É preciso entender que as pessoas normalmente impertinentes são seres distanciados de sua essência divina e espiritualidade.
No começo, esse processo precisa de um pouco de treino, já que é necessário vigiar constantemente nossos atos, pensamentos ou projeções mentais em relação às pessoas. É preciso vigiar os pensamentos e perceber se o que falamos a respeito das pessoas é positivo ou não, porque tudo é muito sutil.
Escuto todos os dias as pessoas criticarem seus governantes, seus políticos, órgãos públicos, etc, sem perceber que isso só intensifica as dificuldades, reforçando esses acontecimentos negativos graças ao psiquismo poluído e inconseqüente das pessoas que desconhecem as conseqüências desses atos, pois os percebem como sem importância. Com certeza isso é alienação e ignorância consciencial.
Precisamos aprender a constantemente encontrar partículas de Eu Superior ou de Deus em cada pessoa, fazendo o exercício diário de perceber que quanto mais inferior for a personalidade da pessoa, mais distante de sua espiritualidade e desequilibrada ela está.
Quando nos concentramos em perceber essa energia que cada um tem, mesmo sendo ela quase imperceptível ou parcialmente apagada, uma força positiva em prol da evolução daquela pessoa começa a crescer. Ter a consciência que quem vive com esses hábitos comportamentais negativos é alguém em desequilíbrio já é uma atitude positiva, porque traz o entendimento da situação, e isso diminui muito a intensidade dessa projeção reativa natural.
Em seguida, projetar na pessoa um pensamento positivo contrário ao que está em evidência também é providencial, pois gera grande enfraquecimento na personalidade negativa. E isso é muito simples, você pode fazer em silêncio, mentalmente e, às vezes, até na frente da própria pessoa, ou também em um segundo momento, distante do indivíduo. Faz-se apenas uma mentalização rápida, imaginando a pessoa serena, feliz, consciente de seu erro, compassiva, cheia de amor, despertando para sua evolução.
Em alguns casos, em função da pessoa ser já de longa data conhecida pela sua personalidade difícil e negativas, algumas pessoas duvidam do poder dessa prática simples, no entanto, basta um pequeno exercício mental nesse sentido, que você poderá ver resultados nítidos aparecerem. Quando se leva a sério essa conduta, coisas incríveis acontecem. A criação desse hábito é o comprometimento com um mundo muito melhor e sem grandes esforços, pois acontecem no silêncio de nossos pensamentos e projeções mentais.
Quantas pessoas vivem dentro de igrejas, templos, centros, meditando, rezando, no entanto adoram criticar outras pessoas, e dedicam algum tempo de seus dias para reclamar e criticar. Definitivamente, isso não é uma conduta de alguém que se considere espiritualizado.
Toda a população mundial precisa adquirir esse hábito, construir uma rotina de consciência espiritual, porque quando isso acontecer vamos conseguir avançar consistentemente degraus importantes de nossa evolução.
Depois de desenvolver habilidade nessa prática, passamos a criar uma concentração de energia parecida com aquela quando tecemos críticas constantes, só que dessa vez com polaridade invertida, o que quer dizer, positiva. O resultado disso é a construção de um campo de energia sutil muito benéfico à evolução de cada ser. Isso cria uma conexão de energias de orações, diga-se de passagem, uma meta maravilhosa para cada pessoa que se considera espiritualizada, isso porque se trata de uma vibração positiva concentrada. Essa rede de energia criada torna a prece da pessoa mais poderosa e mais intensa. Quanto mais prática nesse hábito, mais intenso e positivo é esse campo de energia, consequentemente aumentando o estado de consciência, magnetismo pessoal e carisma. Quando criamos esse campo energético, propagamos conexões de energias de orações, ajudando-a na evolução das pessoas, do planeta e de nós mesmos, como conseqüência bem vinda desse processo.
Quando várias pessoas ao mesmo tempo começam a se dar conta dessa possibilidade, suas energias se conectam mesmo que inconscientemente. Quando essa conexão vai reunindo mais e mais pessoas a cada dia, uma linda rede de energia vai se formando. Essa rede, cada vez mais coesa e estendida, vai estimulando também mais pessoas a evoluírem. Quando alguém que está conectado a essa conexão de orações, pois ajudou a criá-la e a ajuda a mantê-la, passa a ter mais força e mais poder pessoal e isso possibilita que sua capacidade de ajudar ao próximo fique cada vez mais lapidada, e essa é a chave!
Tem tanta gente alienada nesse mundo, gente infeliz e mesquinha, que sem uma força muito intensa, ajudá-las não seria tarefa fácil. A criação dessas redes de orações podem melhorar muito o psiquismo das pessoas em desequilíbrio, lembrando que sempre que alguém conectado a essa rede faz uma oração ou mentalização positiva em prol de uma pessoas, essa recebe energia de quem faz a prece, bem como de todo esse campo de energia criado pela conexão.
Estamos falando de uma energia tão poderosa que silenciosamente já ajudou a evitar muitos conflitos, guerras, catástrofes. Uma energia tão linda e intensa, que constantemente vem tirando pessoas dos leitos de morte, gerando curas espetaculares. São inúmeros os benefícios, no entanto não são apenas lindos e incríveis, são imprescindíveis para a condição atual do planeta. Quero alertar que sem a construção dessas conexões de energias de orações, vai ser difícil mudar a mentalidade do nosso planeta.
O passo principal é eliminar a crítica, concentrando a projeção da divindade que há em cada ser. Em seguida, precisamos aprender a projetar pensamentos positivos, contrários aos aspectos inferiores das pessoas. O próximo passo é manter continuamente esse hábito, para que o campo de energia se faça, se fortifique e se estenda.
Após a construção dessa energia, é importante estimular mais e mais pessoas a fazer o mesmo. Nesse estágio, as orações devem ser enviadas para não só para quem precisa mas para as outras pessoas que estão na mesma caminhada. Quando as pessoas que conseguem criar esses campos de energia de orações passam a projetar energia uns para os outros, essa corrente se fortifica e se expande mais ainda. É importante perceber que o foco não é só as pessoas e situações que precisam de prece, mas também as outras pessoas que oram. O tipo de oração, a religião e a crença não importam, somente a intenção. Quando você não se liga à conexão de orações antes de rezar para algo ou alguém, sua energia fica menos intensa e você não contribui para potencializar e realimentar a rede energética.
Crie esse campo energético, estenda-o para o número maior de pessoas possível, troque energias e bençãos entre todos e continue a mandar vibrações positivas para todas as pessoas, lugares, situações que necessitam. Você vai começar a acessar um universo paralelo inacreditavelmente próspero e abençoado, que vai banhar a sua vida com tanta luz e paz que seu estado de graça será algo natural, você vai viver em plena sintonia com Deus, uma Sintonia de Luz.
Abaixo, um resumo dos principais passos para você criar um campo energético de oração e se ligar às conexões de oração para ficar na Sintonia de Luz:
1. Suspenda toda a crítica, lamentação ou reclamação, para você ou para qualquer coisa ou pessoa, tanto verbal quanto mentalmente.
2. Comece a buscar a chama divina dentro da pessoa ou situação que seriam o alvo da crítica. Isso quer dizer: compreenda que ela está bem distante de seu equilíbrio e consciência espiritual.
3. Projete mentalmente uma visão de que a pessoa se dá conta de sua necessidade de evoluir e que ela desperta para a evolução.
4. Use essa prática constantemente, isso vai manifestar um campo energético pessoal de energia positiva, alimentando um estado de espírito positivo e equilibrado.
5. Mantendo constantemente esse hábito, foque as suas orações e mentalizações positivas para todas as pessoas que fazem parte de sua rede de amigos e pessoas que também realizam essa prática.
6. Foque suas orações e mentalizações positivas para todas as correntes de orações do mundo, de todas as religiões, filosofias, crenças, etc. Quando há esse foco, a energia se expande e se potencializa muito.
7. Com essa conexão, com mais força e confiança, inicie suas orações ou mentalizações positivas, dessa vez focando para as pessoas ou situações que precisam.
Fonte: GIMENES, Bruno José. Sintonia da Luz, Buscando a espiritualidade no século XXI.
A ILHA
Ricardo Kelmer
Isso lhe tirou o sono por várias noites.
De repente seu conceito sobre si mesma mudou.
Sempre se considerara uma porção de terra boiando à superfície da água, isso era ponto pacífico; todas as outras ilhas também pensavam assim.
Mas agora já não podia acreditar nisso.
Uma ilha não terminava ali na superfície. Não. Continuava para baixo. Uma ilha era na verdade uma ... montanha!
Saber que ela continuava além do que pensava ser era algo espantoso de se pensar.
Assim, dia após dia, a ilha prosseguiu em seus esforços de auto-investigaçã
Ela prosseguiu e descobriu que o que existia abaixo da superfície possuía vida própria e, mesmo sem ser reconhecido, era capaz de interagir e até determinar o que existia acima.
Uma ilha não era algo tão independente quanto pensava.
Muito tempo se passou até que se convencesse de que era mesmo uma montanha com o pico emerso. E muito mais tempo pra compreender que não flutuava solta das profundezas do oceano: ela estava presa a uma base e essa base era uma enorme extensão de terra que funcionava como chão.
Vinham de lá todas as ilhas. E pra lá voltariam todas quando os movimentos da terra e das águas as forçassem a isso.
Mas as ilhas não sabiam da montanha e muito menos da terra ao fundo. Por isso as reais motivações do que faziam eram, na maior parte, desconhecidas. Se a montanha era a parte inconsciente de cada ilha, o fundo do mar era o inconsciente maior, único, de todas elas.
Ao entender esse fato a ilha lembrou do tempo em que sua consciência de si própria se limitava àquela minúscula porção de terra à superfície.
"Todas as ilhas vêm do mesmo lugar..." - ela repetiu, intrigada - "porque são feitas da mesma terra. A areia e os nutrientes que as raízes de suas plantas colhem vêm do mesmo chão. Todas as ilhas que existem são no fundo uma coisa só..."
A ilha viu que eram idéias grandes demais, confundiam a mente. Aquela auto-investigaçã
A ilha sentiu-se só.
Mas como poderia condená-las por não compreenderem o que ela descobrira?
Pensando melhor, eram todas partes dela mesma!
Então ela mesma ainda não se compreendia inteiramente.
Mas por que a terra fazia isso?
Talvez para ela própria aprender com a experiência de cada ilha.
Ao morrer, uma ilha trazia à terra sua experiência pra servir de aprendizado às futuras ilhas.
Uma ilha continha em si, sem se dar conta, a mesmíssima areia das que a antecederam.
A terra como um todo estava sempre aprendendo cada vez mais sobre si mesma...
Era mesmo uma tremenda aventura - pensou a ilha enquanto se divertia com os olhares estranhos que as outras lhe lançavam.
Uma aventura de cada ilha.
Mas também da terra inteira.
Boa tarde, filhos do meu coração. Todos vocês são estimados por mim, preciosos além das palavras. Eu sou Maria Madalena. O que vocês desejam saber de mim? Vocês conhecem a minha herança? Um segredo na escuridão, isto é o que eu tenho sido por eons – a madona negra. Minha imagem foi dissimulada, difamada como parte da grandiosa ilusão. A Igreja Romana me chamou de prostituta, meretriz, a pervertida penitente. Mas de algum modo o meu legado foi mantido vivo... escondido. Agora eu retornei à luz. Meu nome não é novo. Mas agora estou dando informações! Eu sou representada em livros, filmes, programas de televisão – como os tempos mudaram! Meu verdadeiro poder tem sido revelado, assim falando. Eu estou exposta.
"A família está acabando."
O psicanalista francês Charles Melman, de 76 anos, foi íntimo
colaborador de Jacques Lacan (1901-1981), o principal herdeiro de
Sigmund Freud na França. Atento observador da realidade
contemporânea, Melman usa os conceitos da psicanálise para
interpretar as mudanças em curso na sociedade atual, como a
dissolução do núcleo familiar. "Pela primeira vez na história,
a instituição familiar está desaparecendo, e as conseqüências
são imprevisíveis. Impressiona que antropólogos e sociólogos
não se interessem por isso", diz. A maneira original como ele aborda
as transformações sociais o coloca na condição de um dos maiores
nomes da psicanálise atualmente. Melman estará no Rio de Janeiro
nesta semana para participar de um seminário promovido pela
associação psicanalítica Tempo Freudiano e para lançar seu mais
recente livro, A Prática Psicanalítica Hoje.
De Paris, onde mora,
Melman conversou com o repórter Ronaldo Soares, da sucursal do Rio de
Janeiro de VEJA. Seguem os principais pontos da entrevista.
FIM DA FAMÍLIA – Assistimos hoje a um acontecimento que talvez
não tenha precedente na história, que é a dissolução do
grupo familiar. Pela primeira vez a instituição familiar está
desaparecendo, e as conseqüências são imprevisíveis.
Impressiona-
interessem muito por esse fenômeno. Nesse processo, podemos constatar
que o papel de autoridade do pai foi definitivamente demolido. Antes, o
menino tinha na figura do pai um rival e um modelo. Um rival que
despertava nele o gosto pela competição e um modelo na busca do
prazer sexual. Já para a menina, tratava-se de um homem em quem ela
procurava se completar. Hoje, com o declínio da figura paterna,
nossos jovens podem estar menos propensos a batalhar pelo sucesso, a
estabelecer um ideal de vida e até a descobrir o gosto pelo sexo.
JOVENS NO DIVÃ – Fico surpreso quando constato que, se há uma
clientela interessada e engajada na psicanálise hoje em dia, é a
dos jovens dos 18 aos 30 anos. Eles não procuram o psicanalista pelo
fato de reprimirem seus desejos, mas porque não sabem o que desejam.
É uma situação totalmente original em relação a Freud. Antes, a
pessoa recorria à psicanálise porque não ousava realizar seus
desejos. Hoje, principalmente no caso dos jovens, é por não saber
o que desejar. Isso acontece porque nossos jovens foram criados em
condições que promovem a busca rápida do prazer máximo e sem
obrigações. O problema é que essa forma de lidar com o desejo
produz situações de dificuldade para os jovens. Isso os leva ao
divã.
BUSCA DO PRAZER – Muitos jovens encontram dificuldade para
desenvolver plenamente uma vida sexual. Isso parece paradoxal, porque
hoje em dia o sexo é muito acessível. Mas na verdade essa
facilidade leva à busca de uma vida sexual sem compromisso, que
proporcione um prazer ocasional, como o cinema, a bebida ou a dança.
Há aí uma mudança interessante, talvez uma tentativa de se
proteger em relação ao compromisso que uma vida sexual pode evocar. A
idéia é aproveitar sem se engajar, mas isso impõe uma
questão: eles aproveitam plenamente? Esse é o fenômeno que
chamei de nova economia psíquica. Ele é fundado sobre o
princípio da busca imediata de prazer máximo, sem freios nem
restrições. Esses momentos de prazer, que proporcionam uma
satisfação profunda, são vividos, mas não organizam a
existência, nem o futuro. Ou seja, a existência é feita de uma
sucessão de momentos sem nenhuma projeção no futuro, de momentos
que podem desaparecer porque não terão continuidade.
EXISTÊNCIA VIRTUAL – O mundo virtual proporcionado pela internet
faz sucesso por se tratar de um mundo lúdico. É um mundo coerente
com a maneira de viver dos jovens, não exige engajamento nem
compromisso. Ali qualquer um pode viver uma série de vidas sucessivas
sem nenhum compromisso definitivo. As pessoas querem se distanciar da
realidade não porque ela seja assustadora ou sem-graça, mas porque
ela implica sempre um limite. Além disso, a realidade requer uma
identidade, um objetivo mais ou menos claro na vida, ao passo que esses
exercícios virtuais não pressupõem nenhuma identidade, nenhuma
perspectiva e ainda derrubam todos os limites, incluindo os do pudor e
da polidez.
TERAPIAS BREVES X PSICANÁLISE – A psicanálise não busca
nenhum tipo de cura, não se propõe a isso. Está, portanto, na
contramão da medicina, cuja história é rica em experiências
baseadas na cura, com métodos variados. Alguns desses métodos,
até pelos efeitos de sugestão, não são ineficazes. Mas é
preciso saber se nós preferimos os métodos fundados sobre a
sugestão ou se consideramos que é melhor privilegiar a livre
atitude e o pensamento de cada pessoa, e assim estimular nela sua
autonomia de julgamento. Nos períodos de crise moral, como o atual,
proliferam os métodos que prometem a cura. Aos que escolhem esse
caminho, só me resta desejar boa sorte.
ANTIDEPRESSIVOS E TRANQÜILIZANTES – A saúde hoje é algo que
se calcula em bilhões de dólares. É compreensível e até
inevitável que os laboratórios estimulem o alto consumo de
medicamentos como os psicotrópicos. A questão é que a
hipermedicalizaçã
caso das crianças, por exemplo, isso fica evidente. Sobretudo no que
diz respeito ao uso precoce, recomendado pelos laboratórios, de
neurolépticos (inibidores de distúrbios psicóticos). Esses
medicamentos vêm sendo utilizados nas crianças para tratar
distúrbios de personalidade ou combater problemas como insônia ou
falta de apetite, entre outras coisas. Trata-se de algo absolutamente
condenável, com implicações nefastas tanto sobre o desenvolvimento
quanto sobre o estado físico da criança. Outra conseqüência
grave da hipermedicalizaçã
para desenvolver dependência química. Primeiro, de remédios.
Mas em seguida, possivelmente, de produtos fora do mercado legal. Com
isso, poderemos chegar ao ponto em que a dependência vai parecer uma
situação absolutamente normal, porque em muitos casos terá
começado na infância.
PROZAC X FREUD – O Prozac e as idéias de Freud convivem. Às
vezes de forma harmoniosa, às vezes não. A questão é:
será que devemos apostar em um procedimento que vai tratar o conjunto
dos problemas psíquicos pelas drogas? Ou devemos continuar a levar em
conta, primeiramente, a livre escolha do sujeito e, em segundo lugar, o
próprio papel do corpo? Nesse sentido, um produto como o Prozac
desencadeia um curto-circuito. Dou um exemplo. Digamos que surja
amanhã uma droga que, agindo sobre os centros cerebrais, produza um
prazer sexual bem superior ao que se pode obter com o corpo. O que vamos preferir? Isso ou um acesso ao prazer sexual que continua a passar pelo
corpo, mesmo não tendo a mesma qualidade do que pode ser
proporcionado pela droga que atua diretamente sobre o cérebro? Eis o
tipo de questão que o Prozac traz.
Uma análise sobre a mudança de paradigma
Imediatamente ao se pensar em organismo várias imagens suscitarão em nossas mentes e categorias variadas estarão presentes em nossos pensamentos, podemos pensar desde uma célula até a constituição do universo que a essência do sistema certamente estará presente. Várias são as características de um sistema complexo, mas iremos nos aprofundar em apenas algumas delas, mais especificamente no conceito de interdependência entre as partes e interação destas com o todo. Qualidade inexistente no paradigma cartesiano, no qual as partes de um sistema eram independentes e autônomas, não constituindo vínculo relacional na formação e manutenção do conjunto, o conceito de conexão entre os elementos de um sistema é revolucionário. Realmente, a revolução organísmica conseguiu achar uma brecha no paradigma cartesiano e, a partir daí, infiltrar-se nele como uma rachadura crescente em um dick; nós podemos tanto contribuir para sua contenção como para a destruição da barragem cartesiana, tudo que devemos fazer é bater as assas.
O andar do relógio
Desde Descartes no século XVI até hoje muita coisa tem mudado, a roda do progresso não poderia ficar estanque. A hipótese levantada por Cartesio de que o universo, o ser humano e a natureza teriam sua constituição análoga a de um relógio suíço foi bem aceita pelos cientistas da época, o que não quer dizer que não houveram objeções. A idéia de que o ser humano teria sua constituição similar a de uma máquina - composto de peças, engrenagens e movimentos mecânicos - levantou grande polêmica e admiração, justamente por explicar algo que, até então, se revelava como misterioso e divino: feito a imagem e a semelhança de Deus, o homem, uma vez despido dessa maneira, teria nas mãos a chave para desvendar o enigma da existência; o racionalismo conquistaria um de seus maiores trunfos. Justamente a partir dessa estabilidade adquirida pelos cartesianos é que esse pensamento começa a ganhar espaço na comunidade científica, pois o objetivo da ciência era e é o de oferecer cada vez mais segurança e certeza em suas proposições e descobertas.
Nada poderia ser mais exato do que a matemática, nem mais perfeito do que o andar do relógio, era por ele que todos organizavam suas tarefas, era a referência comum. Precisamente por sua notoriedade e confiança é que o relógio foi usado como exemplo de sistema; construído por Deus, gozava então de bons precedentes podendo ser amplamente aproveitado como método seguro de se imaginar a vida e a realidade. O relógio simbolizou, para muitos autores, a ordem do universo. Seus movimentos são totalmente previsíveis. Para saber como funciona um relógio, basta desmonta-lo e compreender como suas peças se encaixam. Da mesma forma, para compreender a natureza, bastava desmontá-la, descobrir como funcionam suas partes e tudo se revelaria com espantoso reducionismo e determinismo.
Essa visão de mundo ganhou uma metáfora no Demônio de Laplace. O cientista francês propôs que, se uma consciência soubesse todos os dados de todas as partículas do universo e fosse capaz de fazer os cálculos necessários, teria condições de prever o seu funcionamento com perfeição. O Demônio Laplaciano teria diante de si o passado, o presente e o futuro.
“A inteligência suposta por Laplace seria onisciente, mas impotente para provocar qualquer modificação no curso dos eventos. Restaria a ela um olhar entediado sobre o porvir, pois nada poderia acontecer que não tivesse já previsto”. Isaac Epstein
Muitos críticos empiristas, dentre eles Hume, dirão que esse tipo de razão é indolente, já que o determinismo reduz a realidade a um jogo de cartas marcadas e situações pré-determinadas. Não é de se espantar que Hume será taxado de ateu, pois, ao pregar a autonomia na condução da vida humana muitos sentirão a negação da onipotência de Deus e a adoção de um pensamento laico naquela época não era muito bem vindo. A teoria mecanicista, por outro lado, gozava ainda de muito crédito, tendo sido reforçada pela física newtoniana, defendendo leis imutáveis e a concepção de uma realidade determinista e perene. A idéia de uma causalidade linear também adiquiriu grande força na época, pois, além de se encaixar nas concepções cristãs (gênese/apocalipse; nascimento/morte; início/fim), ainda oferecia um reforço ao determinismo, muito sensual para os cientistas da época. Se a partir do conhecimento de uma causa eu puder determinar sua conseqüência (ou vice-versa), então toda natureza pode ser conhecida e dominada pela razão; acreditava-se que a natureza devia ser torturada e interrogada para a partir daí liberar todos os seus segredos e submeter-se ao jugo da razão.
Porém, por mais que os cartesianos demonstrassem leis e princípios algo ainda permanecia vago, alguma coisa estava faltando. Com o desenvolvimento das ciências biológicas, comportamentais e da própria dinâmica da urbanização sentiu-se uma necessidade de se ir além, de superar a filosofia determinista e caminhar pela sua tangente. A idéia de interação entre os organismos e de sua interdependência causou dúvida na estrutura mecanicista; a sociedade e a natureza não eram constituídas através de uma soma de indivíduos, mas sim da interação entre eles; a soma das partes não era igual ao todo, podendo resultar em crédito ou débito devido às interações inerentes em suas relações. O proletário dependia tanto do burgês para se manter no sistema capitalista quanto este daquele, esta era a essência do pensamento organísmico. Se o universo surgiu a partir de um único ponto então era somente uma questão de tempo.
Atraso quântico
Quando nosso relógio quebra ou perde a hora (entra em descompasso) devemos achar qual a parte que está quebrada e substituí-la, sendo o ser humano nada mais do que um amontoado de peças unidas pelo movimento de engrenagens. Essa abordagem se vê ultrapassada quando se descobre a infinidade de interações que um indivíduo participa, mesmo inconsciente ou involuntariamente e que determinam de certa forma o caminhar de sua existência. O pensamento complexo ultrapassa as fronteiras do reducionismo investigando as interações das partes e suas conseqüências. Se, por exemplo, uma peça de meu relógio quebra perco a hora do ônibus e não chegarei a tempo na escola, perdendo assim a prova e colocando meu ano letivo em risco. Da mesma forma, as peças do relógio não existem sozinhas nem funcionam por si só, assim, encaixam-se em um sistema maior do que Descartes poderia imaginar, sendo qualquer parte do relógio tão importante quanto ele mesmo.
O individualismo intrínseco na teoria cartesiana reflete muito de sua época e de suas raízes antropocêntricas, além de sua insegurança e incapacidade de compreender a vasta gama de possibilidades no universo. A cooperação perde lugar para a introspecção e assim fugimos do mundo criando explicações próprias para a realidade; essa inversão era o que Marx chamava de ideologia. Segundo Peter Singer, eminente filósofo contemporâneo, somos responsáveis pelo que fazemos e pelo que deixamos de fazer e esse pensamento não poderia ser mais sistêmico,uma vez que todas as nossas ações ou omissões são importantes na dinâmica do sistema, esta que vive de atitudes positivas e negativas, de erros e acertos, do sim e do não.
"O homem moderno tem utilizado a relação de causa e efeito do mesmo modo como o homem da antiguidade usava os deuses, isto é, para ordenar o universo. Isto não ocorria apenas porque se tratava do sistema mais verdadeiro, mas porque era o mais conveniente"
Nas palavras de Poincaré, o ser humano se fez mais amigo dele mesmo do que da verdade, alienando-se devido a sua covardia e criando justificativas próprias para sua artificialidade perante o mundo que o cerca. Nesse contexto, a teoria sistêmica, emergindo da revolução organísmica, oferece uma visão muito mais holística e complexa, livre dos grilhões do especismo e de suas limitações individualistas. Segundo Capra, todos fazemos parte e interagimos direita e indiretamente da “teia da vida”, relação entre todos os seres que constituem o universo e isso abrange desde seres vivos até o movimento de planetas, passando pelas estações do ano e pelo quebrar das ondas na praia.
Esse tipo de reflexão nos direciona para um “pensamento ecológico”, justamente por atribuir mais responsabilidade em nossos atos para com o meio ambiente e nossos semelhantes. A “ética da solidariedade”
No que diz respeito ao relógio de Descartes, a teoria quântica – desenvolvida no fim do século XIX, devido aos avanços nas observações atômicas; essa teoria iria afundar o navio da ciência ao bombardeá-la com princípios de incerteza e probabilidade – juntamente com a teoria do caos iriam demonstrar o comportamento não-linear de modelos até então considerados exatos e precisos como o movimento pêndulo e do próprio relógio. Mesmo os relógios atômicos, baseados nas vibrações de átomos de césio, apresentam um atraso mínimo, o caos inerente ao seu movimento tratará de retirar a certeza e reduzi-la a probabilidades. Como se vê, a rachadura no dique de certezas cartesianas se apresenta maior e mais perigosa devido ao próprio método do pensamento complexo. As mudanças mínimas apresentarão sérias conseqüências posteriores justamente pela dinâmica do sistema; seu constante movimento cria um efeito similar a uma “bola de neve”, parecendo inofensiva no início tem o poder de engolir pessoas e pensamentos. Processo similar ocorreu com a teoria mecanicista, que se viu diante de um impasse com a organísmica e, pouco a pouco, encurrala-se e tropeça nos próprios erros, deixando livre espaço para o desenvolvimento do pensamento sistêmico, um novo nível de realidade.
A certeza no caos
O impacto da chamada revolução organísmica não foi propriamente o de uma revolução, porém seus efeitos ecoaram de tal forma nas certezas até então adotadas pela ciência que nos parece simplista demais a idéia de que um ponto possa fazer tanta diferença. Sabemos, por outro lado, que o simples erro de sinal em uma equação pode comprometer todo o raciocínio lógico do qual a matemática tanto se orgulha, também temos ciência de que toda mudança, por maior que seja, tem seu início na mente de uma ou de um grupo pessoas; o consenso e a mudança ocorrem com o tempo, porém a revolução acontece naquele momento. De forma similar, a revolução em cima do paradigma cartesiano se deu com base no sistema transgressor, ou seja, indo de parâmetros de ordem (menores) aos de controle (maiores e mais influentes na hierarquia sistêmica), atingindo assim relevância suficiente para remodelar nossa noção de mundo, nos fazendo cair em uma “crise de percepção” . Com isso, o ser humano começa a questionar seu lugar no mundo e sua participação no todo, revalorizando seus valores e transpondo os limites impostos por nós mesmos. Quando o extraordinário se tornar cotidiano, precisaremos de uma nova revolução.
Pedras no rio
Roberto
Crema é um pensador brasileiro. Dele aprendi uma grande máxima: “ninguém muda
ninguém; ninguém muda sozinho; nós mudamos nos encontros”. Simples, mas
profundo, preciso. É nos relacionamentos que nos transformamos. Howard Hendricks disse que os dois fatores que mais
nos influenciam e nos transformam são os livros que lemos, e as pessoas com as
quais convivemos. Hoje, vou ficar com o segundo fator.
”Você já viu a diferença que há entre as
pedras que estão na nascente de um rio, e as pedras que estão em sua foz?”
“As pedras na nascente são toscas, pontiguadas, cheias de arestas. À proporção que elas vão sendo carregadas pelo rio, sofrendo a ação da água e se atritando com as outras pedras, ao longo de muitos anos, elas vão sendo polidas, desbastadas. As arestas vão sumindo. Elas ficam mais orgânicas, menos toscas, mais suaves, lisas, e o melhor: vão ficando cada vez mais parecidas com as outras, sem necessariamente serem iguais. Quanto mais longo o curso do rio, mais evidente é o fenômeno.”
“É a
mesma coisa com as nossas vidas. Se nos permitimos estar em contato com as
pessoas, sendo conduzidos pelo rio da vida, vamos, no “atrito positivo”
(contato) com o próximo, eliminando arestas, desbastando diferenças,
parecendo-se e harmonizando-
Não podemos
negar que alguns desses contatos e atritos nos deixam marcas, tiram lascas de
nós. Mas mostre um coração sem marcas e lhe mostro um coração que não amou, que não viveu. Um coração que não chorou, nem
sentiu dor. Um coração sem sentimentos. E sentimentos são o tempero de nossa existência. Sem eles, a vida
seria monótona, árida. O fato é que não existem sentimentos, bons ou ruins, sem
a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela vida sem se permitir o
contato próximo com o outro, é não crescer, não evoluir, não se transformar. É
começar e terminar a existência com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa. Quando
olhamos para trás, vemos várias marcas de pessoas extremamente importantes,
pessoas que, no contato com elas, nos permitiram ir
dando forma ao que somos, eliminando arestas,
transformando-
Começamos a jornada da vida como grandes pedras,
cheias de excessos. Os seres de grande valor,
percebem que ao final da vida foram perdendo todo os excessos que
formavam suas arestas, se aproximando cada vez mais de sua essência, e ficando
cada vez menores, menores, menores. Quando finalmente aceitamos que somos
pequenos, ínfimos, dada a compreensão da
existência e importância do outro, e principalmente da grandeza de Deus, é que
finalmente nos tornamos grandes em valor. Já viu o tamanho do diamante? Sabes
quanto se tira de excesso para chegar ao seu âmago. É lá que está o verdadeiro
valor.
Pois Deus fez a cada um de nós com um âmago bem forte e muito
parecido, constituído de muitos elementos, mas essencialmente de amor. Deus deu
a cada um de nós essa capacidade, a de amar. Mas temos que aprender como. Para
chegarmos a esse âmago, temos que nos permitir, através dos relacionamentos, ir
desbastando todos os excessos que nos impedem de usá-lo, de fazê-lo brilhar. Por
muito tempo em minha vida acreditei que amar significava evitar sentimentos
ruins. Não entendia que ferir e ser ferido, ter e provocar raiva, ignorar e ser
ignorado, fazem parte da construção e do
aprendizado do amor. Não compreendia que se aprende a amar sentido-os e superando-os. Ora, esses sentimentos
simplesmente não ocorrem se não houver envolvimento. E envolvimento gera atrito.
“Atrite-se”. Não existe outra forma de
descobrir o amor. E sem ele a vida não tem significado. Se você acha que não,
veja as palavras do apóstolo Paulo: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens
e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que
tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e
conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé,
de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E
ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda
que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me
aproveitaria.” (1 Co 13:1-3)
Atrite-se,
desbaste-se, descubra-se: AME!
A ILUMINAÇÃO POSSÍVEL
um
buscador...
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Uma
das primeiras coisas que senti quando me aprofundei no Trabalho foi a diminuição
da minha vontade de convencer os outros do que me parecia ser a verdade. Quase
sem perceber fui perdendo o interesse de fazer com que as pessoas pensassem como
eu. Fui aceitando mais o caminho de cada um e aprendendo a conviver bem com
eles, sejam quais fossem.
Outra compreensão que me aconteceu foi perceber
como, com a prática
constante da presença e o amadurecimento da minha visão
do mundo, o
exercício fundamental, aquele que realmente precisa ser
praticado, foi
ficando cada vez mais simples, mais enxuto.
Com os
anos, os rituais sofisticados, as explicações mais rebuscadas,
o recurso de
lançar mão da legitimidade das tradições mais antigas ou das
descobertas
científicas mais atuais, foram perdendo a importância diante da formidável
simplicidade da atitude essencial. Foi como se eu fosse tirando a
roupa,
livrando-me das diversas camadas de fantasias que me acompanhavam desde menino.
Fui me sentindo mais leve, mais ágil, mais feliz. Como se um peso saísse das
minhas costas: não precisava mais convencer ninguém nem me manter fiel a nenhuma
prática estranha a mim mesmo.
Minha compreensão foi ficando maior no
conteúdo mas menor na forma,
menos glamourosa na aparência, menos atraente
no aparente.
E pensava que a maioria dos meus amigos, como eu, também
experimentava um processo semelhante. Acreditava que, desde que alguém
experimentasse - uma vez que fosse - uma conexão mais profunda com o seu Eu
Interior e sentisse o sabor do que é estar ligado à parte divina do seu Ser,
nunca mais seria o mesmo. Eu acreditava que essa experiência passaria a ser o
centro da vida de todos que a vivessem, que se dedicariam a reencontrá-la com
todo o seu empenho. Que voltar a essa conexão tornar-se-ia o objetivo de todos.
Mas aqui eu me enganei!
Na verdade, o que observei foi que muitos que
vislumbraram o potencial
divino dentro de si passaram a se dedicar a
esquecê-lo. Buscaram formas,
muitas vezes doloridas, de fugir da conexão,
passaram a evitá-la de maneira muito determinada. A surpresa que senti até hoje
me assombra!
Como era possível que depois de uma experiência de êxtase
tão
profundo, ou pelo menos do vislumbre da possibilidade desse êxtase,
todos
não estivessem inteiramente dedicados a atingi-lo novamente?
Vi
como a parte mecânica da mente - o robozinho autônomo que todos
temos dentro
de nós - atua de maneira sofisticada para nos levar para longe
da
experiência real. E demorei para compreender que essa é a única tragédia que
precisa ser reparada.
O que eu vi? Vi muitos amigos expressando ansiedade
ao invés de calma
diante de questões da vida comum. Vi a preocupação nos
olhares e gestos
diante dos impecilhos mais banais. Não reconheci a atitude
de recorrer à
sabedoria infinita que existe dentro de cada um de nós para
nos ajudar a
resolver os "problemas" normais. Era como se, diante das
dificuldades comuns da vida, os recursos do Trabalho não fossem suficientes. Ou
nos jogamos nos braços do ego e imploramos o seu conselho, que sempre vem
acompanhado de medo, insegurança, timidez e mentiras; ou concluímos que
necessitamos de mais Mestres, outros professores. Os que tivemos até agora não
foram suficientes e precisamos continuar a busca, cada vez mais longe, em
lugares mais difíceis, países de línguas estranhas e costumes diferentes dos
nossos...
Olhei para a minha própria vida e me perguntei: mas o que
acontece?
Porque não estamos todos focados na busca do silêncio, na prática
da presença que nos dá acesso a uma sabedoria interior infinita e que todos já
saboreamos pelo menos alguma vez?
O que se passa que não estamos lançando
mão dos recursos que já temos
e continuamos a agir como pobres quando somos
os mais ricos, a nos portar como ignorantes quando toda sabedoria está dentro de
nós, a nos ver como doentes quando toda saúde e perfeição foi posta a nossa
disposição?
Foi aí que me caiu a ficha: não reconhecemos nada disso.
Ainda achamos
que somos ignorantes, pobres, fracos, doentes e impotentes e
que o que
fizemos no sentido de corrigir essa situação foi pouco, muito
pouco.
Senti vontade, então, de compartilhar o que aprendi nesses anos de
Trabalho Sobre Mim Mesmo. De falar sobre o que considero a atitude essencial
e sua simplicidade, sobre o que mantenho como minha prática diária. Do que eu
decidi fazer diante dos "problemas" da vida cotidiana. É uma postura tão
simples, tão despojada e sem artifícios que pode passar facilmente como algo sem
importância.
A atitude é a seguinte: perdoar tudo o tempo todo, ou, em
outras palavras, amar mais.
Perdoar tudo o tempo todo se resume a
reconhecer que tudo que nos
acontece é bom, está no lugar e na hora certos,
tem a forma e o tamanho
corretos e pede a única resposta certa: perdoar, ou
seja, agir compreendendo que manter a paz é a única coisa que somos solicitados
a fazer neste mundo.
O ego desde muito cedo tenta nos convencer de que
para estarmos em paz
precisamos estar imersos em situações adequadas como
ter dinheiro no banco ou prestígio ou um casamento feliz com filhos adoráveis ou
sermos jovens e bonitos ou reconhecidos como boas pessoas ou inteligentes ou
sermos assim ou assado... etc.
Mas na realidade para manter a paz nós só
precisamos nos lembrar do
que já sabemos, que o mundo real é o estado da
mente no qual se vê o perdão como o único propósito do mundo, e se reconhece que
todas as coisas têm que ser em primeiro lugar perdoadas e então
compreendidas.
Depois de alguma prática essas palavras
tornam-se óbvias: não se pode compreender nada que antes não tenhamos perdoado
porque
fora do perdão só existe a ilusão e compreender ilusões não significa
nada.
Perdoar é (re)unir, é recuperar o sentido de unidade da
realidade.
Estar num estado mental não perdoado significa acreditar num
mundo onde a separação é real e perder-se num labirinto de distrações complexas
e
sem significado onde tudo que acontece não tem nenhuma realidade. É por
isso que nossas "compreensões" resolvem muito pouco dos nossos problemas, porque
o estado mental não perdoado nos mantém presos ao mundo da dualidade, que não
pode nos oferecer nada real porque a própria dualidade é o problema.
Vi
que vários do meus amigos queridos, quando se deparam com essas
palavras,
ainda acreditam que elas não são para eles porque colocam um
objetivo "alto"
demais, impossível até. Mas também percebo que muitos de nós já aceitamos que
isso não precisa ser assim. Todos podemos sem esforço nos alinhar com a verdade
de que fora da mente perdoada, conectada com o Todo, não existe nada. E que
todos podemos exercer o perdão e encontrar a paz e a alegria em tudo que
fazemos.
E que o que falta para realizarmos a façanha
de manter a conexão é apenas
tomarmos a decisão de fazê-lo de maneira
determinada e pararmos de acreditar que somos seres fracos e
impotentes.
Existe um certo conforto na crença na nossa fraqueza, uma
maneira de
driblar a nossa responsabilidade pelo que nos acontece e de
aliviar a nossa
culpa por não vivermos o tempo todo plenos e
felizes.
Porque alguém, em plena consciência, tendo o céu em suas mãos,
se
empenharia tanto para fazer da sua vida um inferno? Uma das respostas que
tenho é que ainda somos ingênuos e não temos consciência das conseqüências dos
nossos atos.
Minha sugestão é simples: perdoar. Tudo, o tempo todo.
Manter a
presença e amar mais, como eu gosto de dizer. São engraçadas as
caretas que me fazem quando digo isso. Como se não entendessem ou não se
sentissem capazes.
Me perguntam: "Mas como? Como amar mais?" Ora bolas:
amando!! Parando de tentar controlar tudo e todos a sua volta, deixando de
sentir-se uma
vítima das situações que se apresentam no dia-a-dia, atitudes
que incendeiam o medo dentro de nós e, por isso, estão condenadas a gerar
sofrimento. Ao contrário, aprendendo a alegrar-se e a agradecer por tudo que nos
acontece, reconhecendo que cada instante traz em si o potencial da Iluminação
que, na nossa enorme arrogância insistimos em não ver.
Levar a
perolazinha do perdão para todos os instantes da nossa vida.
Tome um dia
comum. Uma manhã. Centenas de vezes cada um de nós pode usar o poder dessa jóia
para se curar, manter a paz, gerar harmonia e felicidade para si mesmo e todos
ao seu redor. Centenas de vezes numa única manhã.
Não importa que você se
esqueceu e não faz isso nunca. Comece hoje,
agora. E veja os resultados por
si mesmo. Veja o que vai acontecer com a sua ânsia de "buscar o
conhecimento"
De nada servem nossas técnicas se, em cada
instante, cada momento, eu
me esquecer de quem sou e me permitir fazer a
escolha pela separação, pela solidão. Sinto que é isso que falta para que o
nosso trabalho seja
verdadeiramente eficaz e nos traga a felicidade e a luz
que queremos.
Uma pequena pérola, perdoar tudo que nos acontece, no
momento em que
acontece, sentir alegria e gratidão pela oportunidade que
está nos sendo
dada de perdoar, lembrando que nada além disso é necessário
para que tudo seja finalmente resolvido.
Eu sei que parece pouco. Sem
grandes movimentos nem muito brilho, sem
complexidades profundas, nem
glamour, tudo tão simples. E por isso tão pouco atraente para alguns. Mas
outros, estou certo, verão o quanto podem se transformar verdadeiramente se
praticarem esse passo tão singelo. Levei toda a minha vida para perceber a sua
importância e que o tempo todo estava ao meu alcance.,._
OS 7 PORTAIS DA CHAMA VIOLETA
A Chama do Fogo Violeta é a transcendência, a freqüência máxima da espiritualidade. É uma corrente de vibrações cujas propriedades captam e dissolvem energias imperfeitas para que elas possam ser recarregadas novamente com a Perfeição.
Esse fogo purificador é emanado do 7º Raio Cósmico, cujo Dirigente, Mestre Ascensionado Saint Germain, responsável pelo Planeta Terra por 2.000 anos a partir de maio de 1954, está presente em nossas vidas para que possamos ter a oportunidade de transformar impurezas de nossos corpos físicos, mentais, emocionais e espirituais e transmutá-los em Luz, Amor e Paz para que seja alcançada a Liberdade, Ascensão e, conseqüentemente, o Amor Universal.
Cabe lembrar que, por ter sido uma Chama de acesso restrito em épocas passadas, muitas pessoas desconhecem que o Fogo Violeta pode e deve ser visualizado e sentido abundantemente por todos, para si mesmo, para outras pessoas, para os nossos lares e principalmente em situações adversas, para que rapidamente se convertam em Paz, Pureza, Verdade e Amor.
O objetivo de Mestre Saint Germain é que toda a humanidade, nestes momentos de grandes transições, precipite o seu "momentum" e alcance a Ascensão e a Maestria em total harmonia junto com os Reinos animal, vegetal e mineral.
Que, com estes ensinamentos, cada um possa, através do seu livre arbítrio, discernir e vivenciar sua evolução e assim, juntos, possamos vislumbrar a nova Idade de Ouro da Liberdade Eterna.
PALAVRAS DO MESTRE SAINT GERMAIN :
" Os 7 Portais
deverão ser absorvidos através da percepção extra sensorial, através da
irradiação e através da respiração.
Todos os poderes agora direcionados à
Terra estarão no alento divino do Fogo Sagrado do Espírito Santo, através do
poder da respiração, onde, absorvendo através da introspecção e através da
energia, todos os seres perceberão primeiro a forma, depois o vínculo que
manifesta aquilo que é o significado de cada um desses Portais que conduzirão à
Liberdade Interna, pois a análise convencional do Plano Espiritual nem sempre
requer os pré-requisitos necessários para que possam perceber que os valores no
plano espiritual são outros.
Portanto, nestes momentos de transição, que
possais atrair vossas energias e de todos aqueles que vos cercam, em sintonia da
absorção através da respiração consciente. Então começareis a perceber com mais
atenção a respiração em vossos corpos, manifestando ideais em vossas vidas
preenchidas em Luz .
Amor e Luz,
Eu Sou Saint Germain em vós "
1º PORTAL
= DISCIPLINA E ORGANIZAÇÃO
O corpo físico, templo da alma, é o primeiro que deve obedecer a uma disciplina, porque quando em desordem energética, fica inclusive propenso a disfunções manifestadas através de doenças. Um dos requisitos necessários para transpormos esse 1º Portal é saber perdoar, mas perdoar com todos os sentidos, pois quem se ofende é a personalidade. As mágoas, ressentimentos, rancores e frustrações são ricos alimentos para o ego. Aquele que está concentrado na perfeição do "Eu Sou", nunca é ofendido, agredido ou humilhado. E a DISCIPLINA E ORGANIZAÇÃO são necessárias para a correta concentração (2º Portal).
SUGESTÕES PARA TRAVESSIA DO 1º PORTAL
1 - Ter
disciplina alimentar.
2 - Disciplina nos horários de dormir e acordar.
3
- Disciplina de pensamentos.
4 - Disciplina nas ações que harmonizarão as
reações.
5 - Organizar o tempo, para haver o suficiente para obrigações,
lazer e introspecção.
6 - Organizar o lar, dando prioridade de lugar e
localização às necessidades mais predominantes para evitar-se que, ao procurar
algo, seja necessário "tirar tudo da frente". Isto repercute na disciplina e
organização interna (sentimentos, emoções e pensamentos).
7 - Frases
positivas, como por exemplo: "O meu dia transcorre em paz porque a minha vida
transcorre organizada" ou "No meu lar tudo é funcional e organizado porque
disciplino meus pensamentos e ações", substituem vícios mentais, tais como: "não
tenho tempo para nada", "eu nunca encontro nada", "nunca tenho senso de direção"
.
2º PORTAL
= CONCENTRAÇÃO
O Poder da
CONCENTRAÇÃO é necessário para o bom desenvolvimento da ORDEM E RITMO (3º
Portal). Ninguém pode concentrar-se na concretização de algum objetivo sem
dedicação ou dispersando energias com falsos conceitos e pseudo-verdades que
habitam a mente, advindos do mundo tridimensional.
A eficiência da
Concentração aplicada em qualquer objetivo se traduz na perfeição dos resultados
obtidos, sanando obstáculos existentes no decorrer do seu seguimento.
SUGESTÕES PARA TRAVESSIA DO 2º PORTAL
1 -
Persistência com paciência é vital para atingir um objetivo.
2 - Nunca
colocar dúvidas ou sugestões que modifiquem o modelo original do objetivo.
3
- Dedicação é sinônimo de Perseverança com Amor.
4 - A música das esferas é
forte aliada da Concentração.
5 - Silenciar a mente.
6 - Dispor de um
período, por menor que seja, todos os dias, no mesmo horário, dedicados à
concentração em algum objetivo.
7 - Visualizar o objetivo "pronto" e
concentrar-se nessa imagem.
3º PORTAL
= ORDEM E RITMO
Para tudo há
um ciclo, nascimento e crescimento, fases da lua e da maré, estações do ano. No
processo de conscientização surgem situações novas, à medida que são seguidos os
ritmos naturais; portanto, paciência é uma virtude a ser galgada para se criar
uma ORDEM precisa e um RITMO coordenado.
Jamais um discípulo poderá atingir
a Sabedoria do seu Mestre sem percorrer os caminhos da sua própria experiência e
vivência, que só serão alcançadas obedecendo à ordem natural da sua evolução,
que poderá ser acelerada sem o uso da pressa, ansiedade e desânimo, que
retardarão o processo da estabilidade emocional e mental, essenciais para que a
TRANSMUTAÇÃO (4º Portal) atue, transformando energias e fatos.
SUGESTÕES PARA TRAVESSIA DO 3º PORTAL
1 - Ordem de
pensamentos. Idéias concisas.
2 - Desenvolver o discernimento para dar
"Ordem" de prioridade de execuções.
3 - Manter a tranqüilidade para
preservar a perseverança.
4 - Sustentar o "Ritmo" que se mantém
qualitativamente e não quantitativamente.
5 - Apelos, orações e meditações
feitas diariamente no mesmo horário são realizações do Ritmo.
6 - Nunca se
enfastiar pela contínua repetição, que faz parte do Ritmo. Obedecer a essa Ordem
natural fortalece a concretização de qualquer objetivo.
7 - Proteger com a
virtude da Paz (Chama Branca) a Ordem e o Ritmo do que se está desenvolvendo e
selá-la com a Perfeição Cósmica.
4º PORTAL
= TRANSMUTAÇÃO
Ao contrário
do Amor que une, a Misericórdia afasta, limpa, purifica. Mestre Jesus Sananda,
quando encarnado, curava (tirava o mal) por Misericórdia. A força e irradiação
da Chama da Transmutação atuam como energia de dissolução do que a Misericórdia
limpou e purificou, para imediatamente transformá-lo em Luz, Equilíbrio e
Perfeição. Esta é a verdadeira Alquimia, é manipular com Sabedoria as
imperfeições, para depois convertê-las em campos de força.
Ao atravessar os
Portais da Transmutação, todos os carmas negativos do presente, do passado e do
futuro são dissolvidos e transformados em Luz e perfeição.
Transmutadas toda
e qualquer imperfeição, prepara-se então o discípulo para a captação de novas
energias presentes no 5º Portal (MAGNETIZAÇÃO). Estas energias cósmicas são
idênticas às dos Templos de Luz dos Mestres Ascensionados.
SUGESTÕES PARA TRAVESSIA DO 4º PORTAL
1 - Ao acordar
visualizar-se dentro da Chama Violeta. Repita a visualização antes de iniciar
suas atividades normais, ou antes de sair de casa.
2 - Durante o dia, por
diversas vezes, visualize-se dentro da Chama Violeta.
3 - Fora de casa,
visualize o seu lar repleto de Luz Violeta.
4 - Ao lembrar-se de alguém,
visualize-a(o) dentro de um tubo de Luz Violeta.
5 - Visualizar com uma reta
de Luz Violeta, o caminho a ser tomado (ruas, estrada, local do seu destino).
6 - Visualizar o Planeta Terra totalmente preenchido com o Fogo Purificador
e Sagrado da Chama Violeta.
7 - Visualizar-se, ao deitar, dentro da Chama
Violeta, para que sejam transmutadas em Luz as imperfeições que foram geradas
durante o dia.
5º PORTAL
= MAGNETIZAÇÃO
Devidamente
equilibrado, harmonizado e consciente da sua essência divina, você está
preparado para MAGNETIZAR ( atrair, imantar) as mais puras freqüências
vibratórias de Luz.
Na senda cósmica, o discípulo amplia suas percepções aos
mundos paralelos de outras dimensões, magnetizando energias cósmicas que trazem
as irradiações das Virtudes dos 7 Raios Cósmicos, não só para si, mas para toda
a humanidade, pois neste estágio ele está praticamente liberto de apegos e egos.
A MAGNETIZAÇÃO de energias puras e qualificadas é a oportunidade que o Plano
Divino oferece a todos para que, através do livre arbítrio, possam alcançar a
MANIFESTAÇÃO (6º Portal) dos ideais almejados.
SUGESTÕES PARA TRAVESSIA DO 5º PORTAL
1 - Magnetizar
formas pensamentos que se projetam como símbolos sagrados tais como: cruz de
malta, pirâmides, cálices, estrelas, sol, pomba.
2 - Magnetizar amizade,
amor, compreensão e a compaixão para cura de todos os relacionamentos.
3 -
Magnetizar a irradiação da Cura na renovação de todas células para a saúde
plenamente renovada.
4 - Magnetizar a energia da Prosperidade com
pensamentos altruístas, de êxito e de sucesso para si e para todos que
compartilham a sua vida.
5 - Magnetizar a irradiação da felicidade sempre
presente em seu lar.
6 - Magnetizar "momentuns" que são forças acumuladas de
todas as vidas passadas, que traduzem a verdadeira essência de cada ser.
7 -
Magnetizar as irradiações da sua própria centelha divina para que se amplie e se
expanda, para que a sua Presença "Eu Sou" assuma o comando geral sobre a sua
vida.
6º PORTAL
= MANIFESTAÇÃO
Assim como em
um cristal do qual vemos a forma, suas linhas, seu prisma e cuja geometria
obedece formas inteligentes e conseqüentemente capta e amplia energias cósmicas,
podemos manifestar qualquer massa vibratória em matéria sólida ou ainda, trazer
energias espirituais para o plano físico.
O candidato a atravessar os 7
Portais da Chama Violeta possui a Força Motriz que o impulsiona à manifestação
da Paz, Harmonia, Fraternidade em qualquer tempo e lugar e, desenvolvendo a sua
Consciência Crística, trará com certeza o "Nirvana" à sua vida. Trazendo os céus
para a Terra, a LIBERDADE é uma dádiva ofertada pelos Planos Superiores de Luz.
SUGESTÕES PARA TRAVESSIA DO 6º PORTAL
1 - Visualizar
o seu objetivo em uma tela mental tal qual se apresenta no momento, com todas as
eventuais imperfeições. Visualizar essa imagem apenas uma vez.
2 - Apague de
sua memória a imagem acima, preenchendo todo cérebro de Luz Branca da
Purificação.
3 - Visualize novamente a tela mental, agora com a imagem
pronta e manifestada.
4 - Observe bem essa imagem e vivencie as sensações
que ela lhe traz.
5 - Visualize ao redor da tela mental uma moldura dourada
que se move continuamente no sentido horário (da esquerda para a direita).
6
- Desloque a tela mental para cima e à esquerda do seu campo visual.
7 -
Repita várias vezes esse processo, porém somente a partir do item 3.
7º PORTAL
= LIBERDADE
Enquanto se
segue impulsos impostos pelos valores criados pelo homem no mundo
tridimensional, pode-se satisfazer desejos, egos e ilusões. A libertação está
ligada intrinsecamente no cerimonial interno, que se reflete na harmonia de
situações cotidianas. É um estado de espírito no qual nada se pleiteia, porque
se sente e se vive "o todo". Não se julga ninguém porque se estaria julgando a
si mesmo.
O ser liberto já superou a sua própria personalidade e entende que
não mais pertence a uma família, uma nação ou a uma religião, mas sim ao
Universo e o Universo é parte de si.
OS 7 DEGRAUS DOS 7 PORTAIS
A 7ª esfera de Luz precipita-se também em conjunto com o 1º Raio
Cósmico (Chama Azul da Vontade e do Poder), que traz a força para que o plano
evolutivo se manifeste e com o 3º Raio Cósmico (Chama Rosa do Amor Incondicional
e Inteligência Ativa), que auxilia na modulação, na adaptação de novas energias.
Durante a hegemonia da Chama Violeta, prevalecerão a Síntese, a Unidade, o
Serviço, o Auto-reconhecimento da Presença Divina e a atuação da Consciência
Crística de cada um em tornar-se Consciência Unificada de Deus Pai-Mãe de todos
os Universos em expansão na Luz.
Assim o aspirante deverá desenvolver:
1 - A VONTADE (Chama Azul do 1º Raio) para precipitar a DISCIPLINA E ORGANIZAÇÃO (1º Portal).
2 - Unir mente e coração com a ILUMINAÇÃO (Chama Dourada do 2º Raio) para a CONCENTRAÇÃO ( 2º Portal) do propósito maior.
3 - AMOR (Chama Rosa do 3º Raio) à vida e a tudo que faz. - Virtude indispensável à ORDEM e ao RITMO ( 3º Portal).
4 - É necessário haver PUREZA (Chama Branca do 4º Raio) de intenção para a TRANSMUTAÇÃO (4º Portal) das desarmonias em Luz.
5 - Desenvolver e aplicar a sua VERDADE ( Chama Verde do 5º Raio) interna para que a MAGNETIZAÇÃO (5º Portal,) força operante, atraia energias que imantarão a realidade da essência cósmica.
6 - A DEVOÇÃO (Chama Rubi do 6º Raio) aos Planos Superiores de Luz para que a MANIFESTAÇÃO (6º Portal) consagre-se na concretização dos ideais de Luz.
7 -
Aperfeiçoar-se no CERIMONIAL INTERNO (Chama Violeta do 7º Raio), na aceleração
das vibrações dos elétrons que compõem os átomos dos corpos inferiores,
proporcionando-lhes a LIBERDADE ( 7º Portal) para afinal tornar-se Ascensionado
junto aos Mestres.